Dez jovens e duas instituições receberam prêmio no Palácio do Planalto.
Prêmio completa 30 anos em 2011 e teve como tema Cidades Sustentáveis.
37 comentários
Doze projetos - dez pessoas e duas instituições - foram premiados na 25ª edição do Prêmio Jovem Cientista nesta quarta-feira (6). O prêmio, que completa 30 anos em 2011, teve como tema Cidades Sustentáveis.
A edição deste ano recebeu 2.321 trabalhos, número recorde de inscrições e 7% maior que a premiação anterior, segundo assessoria do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
As pesquisas vencedoras envolvem acesso ao saneamento básico, integração entre geração de energias renováveis e mobilidade sustentável e embalagens ecológicas para mudas de plantas.
A cerimônia de entrega das premiações, no Palácio do Planalto, em Brasília, teve participação do presidente do CNPq, Glaucius Oliva; do presidente da Fundação Roberto Marinho, José Roberto Marinho; da vice-presidente do Instituto Gerdau, Beatriz Gerdau Johannpeter; e do CEO e presidente da GE na América Latina, Reinaldo Garcia.
Estudantes do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraíba, Minas Gerais, Tocantins e Distrito Federal estão entre os contemplados, além de duas instituições na categoria Mérito Institucional – Colégio Stella Maris (RS) e Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) – e um pesquisador da Universidade de São Paulo (USP) na categoria Menção Honrosa, Dr. Lázaro Valentin Zuquette.
Durante a cerimônia, a presidente Dilma Rousseff disse que “obviamente, cidades sustentáveis é algo muito estratégico para um país como nosso comprometido com as questões do meio ambiente”.
O presidente da Fundação Roberto Marinho, José Roberto Marinho, disse estar “feliz” com o número recorde de inscrições para o prêmio, o que, na sua opinião, demonstra que o “conceito de sustentabilidade” está sendo debatido pelas instituições de ensino.
Ele afirmou que o desafio é “imenso” e que há “graves problemas nas cidades brasileiras relativos à falta de estrutura urbana”, mas destacou que a empresa tem colaborado com o tema, a exemplo do programa semanal Globo Ecologia, o primeiro da TV brasileira dedicado ao assunto.
O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, lembrou que 84% da população vive nas cidades, que vêm “acumulando graves desafios”, como poluição, mudanças climáticas, escassez de água, moradia indevida, entre outros.
“Esse prêmio é um estímulo, o início de uma reflexão em que a ciência vai ter que se debruçar para buscar, como eles fizeram, soluções inovadoras e criativas”, afirmou o ministro.
Ganhadora protesta contra Belo Monte
Vencedora da categoria Ensino Médio com o trabalho “Embalagens ecológicas para mudas”, a estudante Ana Gabriela Person Ramos, da Escola Técnica Conselheiro Antônio Prado (Etcap), de Campinas (SP), aproveitou o encontro com Dilma para fazer um protesto contra a construção da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. Ao receber a placa de primeiro lugar em sua categoria, ela pediu à presidente que não dê andamento com as obras.
Vencedora da categoria Ensino Médio com o trabalho “Embalagens ecológicas para mudas”, a estudante Ana Gabriela Person Ramos, da Escola Técnica Conselheiro Antônio Prado (Etcap), de Campinas (SP), aproveitou o encontro com Dilma para fazer um protesto contra a construção da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. Ao receber a placa de primeiro lugar em sua categoria, ela pediu à presidente que não dê andamento com as obras.
Ela trazia escrito no antebraço a frase “Xingu vive”. Segundo a estudante, Dilma disse apenas “tá”.
Ana Gabriela tem 19 anos e estuda na Escola Técnica Estadual Conselheiro Antônio Prado, em Campinas, São Paulo. Ela desenvolveu embalagens econômicas para plantas com resíduos e biomassa, que podem ser enterradas sem poluir o meio ambiente.
Outros vencedores
Na categoria Graduado, Uende Aparecida Figueiredo Gomes, da UFMG, venceu com o trabalho “Intervenções de Saneamento Básico em Áreas de Vilas e Favelas: Um Estudo Comparativo de Duas Experiências na Região Metropolitana de Belo Horizonte”.
Na categoria Graduado, Uende Aparecida Figueiredo Gomes, da UFMG, venceu com o trabalho “Intervenções de Saneamento Básico em Áreas de Vilas e Favelas: Um Estudo Comparativo de Duas Experiências na Região Metropolitana de Belo Horizonte”.
Já entre os estudantes do ensino superior, o primeiro lugar ficou om Kaiodê Leonardo Biague, do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix, em Minas Gerais, com o trabalho “Miniusinas solares fotovoltaicas em sistemas de transporte rápido por ônibus? BRT (Bus Rapid Transit)”.
Incentivo
Na categoria Graduado, os vencedores são contemplados com R$ 30 mil (1 º lugar); R$ 20 mil (2º lugar) e R$ 15 mil (3 º lugar). Para estudantes de ensino superior, os prêmios são de R$ 15 mil (1 º lugar), R$ 12 mil (2 º lugar) e R$ 10 mil (3 º lugar). Estudantes do ensino médio classificados em 1 º , 2 º e 3 º lugares recebem um computador e uma impressora multifuncional cada um.
Na categoria Graduado, os vencedores são contemplados com R$ 30 mil (1 º lugar); R$ 20 mil (2º lugar) e R$ 15 mil (3 º lugar). Para estudantes de ensino superior, os prêmios são de R$ 15 mil (1 º lugar), R$ 12 mil (2 º lugar) e R$ 10 mil (3 º lugar). Estudantes do ensino médio classificados em 1 º , 2 º e 3 º lugares recebem um computador e uma impressora multifuncional cada um.
Segundo o CNPq, os orientadores e as escolas dos vencedores receberam os mesmos incentivos. Na categoria Mérito Institucional, serão pagos R$ 35 mil para cada uma das duas instituições. A Menção Honrosa premia com R$ 20 mil o pesquisador selecionado. Além disso, o CNPq vai conceder mais de R$ 400 mil em bolsas de estudo nas modalidades de Iniciação Científica Júnior, Iniciação Científica, Mestrado, Doutorado e Pós-Doutorado Júnior.
fonte:g1.globo.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário